quinta-feira, 20 de março de 2014

Terceira geração romântica portuguesa


Vai de 1860 a 1870 e é considerada um período de transição para o Realismo por ser uma fase mais equilibrada. Autores pré-realistas e Lirismo simples e sincero. A terceira geração Romântica distancia-se dos exageros sentimentais da segunda geração. As principais obras dessa geração fazem referência à atuação política, criticando os tiranos e defendendo os oprimidos

Principais Autores Românticos dessa geração:



Júlio Dinis

Joaquim Guilherme Gomes Coelho (1839-1871), conhecido como Júlio Dinis, nasceu em Porto. É considerado como um escritor de transição, situado entre o fim do Romantismo e o início do Realismo. Longe do passionalismo de Camilo, Júlio Dinis em suas obras mostra um amormovido mais pela espiritualidade e não leva necessariamente à tragédia, por ser baseado em princípios éicos e na pureza dos sentimentos. Em deus romances há: tensões sociais, onde todos os conflitos podem ser resolvidos pela razão, pelo trabalho e pela ciência. As personagens são idealizadas: angelicais, bondosas, de uma moral firme e sólida.

Obras: Pupilas do Senhor Reitor (1869), A Morgadinha dos Canaviais (1868), Uma Família Inglesa (1868), Serões da Província (1870), Os Fidalgos da Casa Mourisca (1871), Poesias (1873), Inéditos e Dispersos (1910), Teatro Inédito (1946-1947)

As Pupilas do Senhor Reitor

Capítulo I

José das Dornas era um lavrador abastado, sadio e de uma tão feliz disposição de gênio, que tudo levava a rir; mas desse rir natural, sincero e despreocupado, que lhe fazia bem, e não do rir dos Demócritos de todos os tempos - rir céptico, forçado, desconsolador, que é mil vezes pior do que o chorar.

Em negócio de lavoura, dava, como se costuma dizer, sota e ás ao mais pintado. Até o Sr. Morais Soares teria que aprender com ele. Apesar dos seus sessenta anos, desafiava em robustez e atividade qualquer rapaz de vinte. Era-lhe familiar o canto matinal do galo, e o amanhecer já não tinha para ele segredos não revelados. O sol encontrava-o sempre de pé, e em pé o deixava ao esconder-se.

Estas qualidades, juntas a uma longa experiência adquirida à custa de muito sol e muita chuva em campo descoberto, faziam dele um lavrador consumado, o que, diga-se a verdade, era confessado por todos, sem esforço de malquerenças e murmurações.

Diz-se que quem mais faz menos merece e que mais vale quem Deus ajuda do que quem muito madruga, e não sei o que mais; será assim; mas desta vez parecia que se desmentira o ditado, ou pelo menos que o fato das madrugadas não excluíra o auxílio providencial, porque José das Dornas prosperava a olhos vistos. Ali por fins de agosto era um tal de entrar de carros de milho pelas portas do quinteiro dentro! S. Miguel mais farto poucos se gabavam de ter. Que abundância por aquela casa! Ninguém era pobre com ele; louvado Deus!



João de Deus


João de Deus Ramos nasceu em S. Bartolomeu de Messines em 1830. Depois duma estada em Beja, em 1869 é eleito deputado a contragosto e vai para Lisboa: nesse mesmo ano estreia em poesia com Flores do Campo. Em 1876, publica a Cartilha Maternal, e inicia uma incessante ação pedagógica. Foi admirado pelos realistas.

  


Flores do campo  

Camões e Byron-Scepticismo e Crença

Vem d'alto gozar, lirio!
Noite estrellada e tepida;
A vista ao céo intrepida
Lança, penetra o Empyreo.

Dilata os seios tumidos;
Larga este terreo albergue;
Nas azas d'alma te ergue;
Ergue os teus olhos humidos

Que vês?—Soes, de tal sorte
Que os crêra tochas pallidas,
Quando as guedelhas, madidas
De sangue, arrasta a morte.

—Transpõe-n'os; que, elevando-te,
Por cada um d'aquelles,
Milhões e milhões d'elles
Verás alumiando-te.

Ávante pois, acima
Dos soes d'uma luz tremula;
Alma dos anjos emula!
Deus o teu vôo anima.



Os trechos da postagem foram extraídos do livro ¨viva português-volume 2¨, editora ática e do livro  ¨As Pupilas do Senhor Reitor¨, editora porto editora - 1867.

  


Segunda geração romântica portuguesa




A segunda geração romântica em Portugal, também conhecida como ultrarromântica foi marcada pelo pessimismo, desejo de evasão, vontade de morrer. Devido a péssima condição de vida em que vivia os autores dessa geração, e pelas manifestações realizadas através dos poemas, moldadas pelo amor platônico e idealizado e a crítica sarcástica à sociedade, foram acometidos como o “Mal do Século”. Na segunda geração romântica já está intensificadas as características românticas. Por expressarem os seus sentimentos livremente e entregarem -se a seus devaneios os autores dessa geração ficarem conhecidos como ultrarromânticos.
Os temas dessas gerações são: à época medieval, o tédio, a melancolia, o desespero, a morte, a enfermidade da vida, entra outros. Há nessa geração uma forte tendência do escapismo, a vontade de fugir das insatisfações que o mundo real provoca. Assim, a morte passa a ser vista de forma positiva, por significar o fim da agonia de viver. Nos poemas ultrarromânticos, a mulher é idealizada e inatingível, são características como: pálida, branca, virginal, lânguida, aérea, adormecida. Os cenários descritos nos poemas são geralmente, noturnos e funéreos, como um cemitério à noite ou a praia sob a luz da lua, mostra a natureza turbulenta com tempestades, vendavais. Esses cenários podem ser entendidos como um mundo interior do artista, que transfere para a natureza o estado de sua alma.


“Ficou conhecido como o mal do século o culto da melancolia e do tédio e o estilo destrutivo de vida dos poetas ultrarromânticos. Muitos deles se entregavam ao ópio e ao absinto e era comum morrem cedo, muitas vezes de doenças contagiosas, como tuberculose e sífilis.”




Principais Autores Românticos dessa geração:



 Camilo Castelo Branco

Camilo Castelo Branco nasceu no dia 16 de março de 1825, foi um famoso escritor português. Foi considerado o criador da novela passional portuguesa. Em 1863 publica Amor de Perdição, sua novela mais famosa. Sua vida atribulada lhe deu inspiração para os temas de suas novelas. Camilo Castelo Branco também reconstituiu em suas obras o panorama dos costumes de Portugal de seu tempo, quase sempre com uma profunda sintonia com as maneiras de ser e sentir do povo português. Em 1889 quando se torna uma celebridade nacional como escritor, recebe uma homenagem da Academia de Lisboa. Recebeu o título de Visconde concedido pelo rei de Portugal, D. Luis I.





Obras: Mistérios de Lisboa (1854), Duas épocas na vida (1854), O livro negro do padre Dinis (1855), Vingança (1858), Carlota Ângela (1858), A morta (1860), O romance de um homem rico (1861), Amor de perdição (1862), Amor de salvação (1864), O olho de vidro (1866), O retrato de Ricardina (1868), A mulher fatal (1870), Doze casamentos felizes (1861), Estrelas funestas (1861), Estrelas propícias (1863), Coração, cabeça e estômago (1862).


Capítulo IV


O coração de Teresa estava mentindo. Vão pedir sinceridade ao coração!


Para finos entendedores, o diálogo do anterior capítulo definiu a filha de Tadeu de Albuquerque. E mulher varonil, tem força de caráter, orgulho fortalecido pelo amor, desapego das vulgares apreensões, se são apreensões a renúncia que uma filha fez do seu alvedrio às imprevidentes e caprichosas vontades de seu pai. Diz boa gente que não, e eu abundo sempre no voto da gente boa. Não será aleive atribuir-lhe uma pouca de astúcia ou hipocrisia, se quiserem; perspicácia seria mais correto dizer. Teresa adivinha que a lealdade tropeça a cada passo na estrada real da vida, e que os melhores fins se atingem por atalhos onde não cabem a franqueza e a sinceridade. Estes ardis são raros na idade inexperta de Teresa; mas a mulher do romance quase nunca é trivial, e esta de que rezam os meus apontamentos era distintíssima. A mim me basta crer em sua distinção, a celebridade que ela veio a ganhar à conta da desgraça.




Soares Passos


Antonio Augusto Soares de Passos nasceu em 27 de novembro de 1826, em Porto, Portugal. Em 1856, pública sua única obra sob o título de Poesias. Este trabalho reúne praticamente toda sua produção literária e revela um autor angustiado, soturno e extremamente pessimista. Seu único trabalho, Poesias, tornou-se aos olhos da crítica daquele tempo, mais um compilado de versos piegas do que uma obra autêntica que expressava com fidelidade a forma com que o autor via e sentia o mundo ao seu redor. Dessa forma, o trabalho ficou renegado a um esquecimento crítico e cruel, sendo até mesmo, posteriormente a sua morte, alvo de notas levianas e críticas irônicas. Sua breve biografia, bem como sua curta e impactante obra, constituem um exemplo nítido e legítimo do ultrarromantismo português.

O noivado do sepulcro

Vai alta a lua! na mansão da morte
Já meia-noite com vagar soou;
Que paz tranquila; dos vaivéns da sorte
Só tem descanso quem ali baixou.

Que paz tranquila!... mas eis longe, ao longe
Funérea campa com fragor rangeu;
Branco fantasma semelhante a um monge,
Dentre os sepulcros a cabeça ergueu.

Ergueu-se, ergueu-se!... na amplidão celeste
Campeia a lua com sinistra luz;
O vento geme no feral cipreste,
O mocho pia na mormórea cruz.


[...]


PASSOS, Soares de. In: MOISÉS, Massaud. Presença da literatura portuguesa.
São Paulo: Difel, 1970
 



Os trechos da postagem foram extraídos do livro ¨viva português-volume 2¨, editora ática.


terça-feira, 18 de março de 2014

Primeira geração romântica portuguesa

As primeiras produções poéticas do Romantismo em Portugal abordavam, não só os temas lírico-amorosos, medievais, populares e folclóricos, havia o desejo de resgatar as manifestações culturais mais antigas e genuínas de cada povo, para construir com elas um sentimento de nação, de unidade nacional.

Esse movimento ocorreu durante os anos de instabilidade em Portugal. De um lado, estava Dom Pedro IV (Dom Pedro I do Brasil), que representava a tentativa de implantação do liberalismo no país; do outro lado, Dom Miguel, seu irmão absolutista. Derrotado, Dom Pedro cede o trono português ao irmão, e só consegue reavê-lo em 1834, quando o liberalismo finalmente venceu. O primeiro romantismo contribui muito para a consolidação do liberalismo em Portugal. Os ideais românticos dessa geração estão embasados na pureza e originalidade.


Principais Autores Românticos dessa geração:


Almeida Garrett


João Batista da Silva Leitão de Almeida Garrett (1799-1854), conhecido como Almeida Garrett nasceu na cidade de Porto. Foi o primeiro autor do Romantismo em Portugal, entretanto, apesar de ser um dos principais autores do movimento romântico, ele nunca chegou a ser um autêntico romântico, por não conseguir deixar de lado a contenção racional e o equilíbrio típico do Arcadismo.


Sua obra mais importante é Folhas caídas (1853), dedicada à Viscondessa da luz, por quem foi apaixonado já no final de sua vida. Percebe-se características neoclássicas: o poema pensa no sentimento, narra a experiência vivida e não uma sugestão do estado de paixão. Nesse poema, percebe-se, muitas características que se fortalecem durante o Romantismo: a mulher ausente, distante e muda faz nascer a paixão do eu lírico, o sentimento é o tema.


Principais obras: Camões (1825), Dona Branca (1826), Adozinda (1828), Catão (1828), Romanceiro (1843), Cancioneiro Geral (1843), Frei Luis de Sousa (1844),Flores sem Fruto (1844), D’o Arco de Santana (1845),Folhas Caídas (1853).

Não te amo


Não te amo, quero-te: o amor vem d'alma.
E eu n'alma – tenho a calma,
A calma – do jazigo.
Ai! não te amo, não.

Não te amo, quero-te: o amor é vida.
E a vida – nem sentida
A trago eu já comigo.
Ai, não te amo, não!

Ai! não te amo, não; e só te quero
De um querer bruto e fero
Que o sangue me devora,
Não chega ao coração.

Não te amo. És bela; e eu não te amo, ó bela.
Quem ama a aziaga estrela
Que lhe luz na má hora
Da sua perdição?

E quero-te, e não te amo, que é forçado,
De mau, feitiço azado
Este indigno furor.
Mas oh! não te amo, não.

E infame sou, porque te quero; e tanto
Que de mim tenho espanto,
De ti medo e terror...
Mas amar!... não te amo, não.



GARRETT, Almeida. In: MOISÉS, Massaud.
A literatura portuguesa através dos textos. São Paulo: Cultrix, 1997





Alexandre Herculano


Alexandre Herculano de Carvalho e Araújo (1810-1877), conhecido como Alexandre Herculano, nasceu em Lisboa. Herculano foi um dos mais altos espíritos da literatura portuguesa do seu tempo. “Eurico, o presbítero” é uma de suas obras mais importantes. Nesse romance histórico, ele analisou tema do celibato clerical, mostrando sua incompatibilidade com a liberdade da paixão amorosa. Retrata também a época da invasão dos árabes na Península Ibérica durante a Idade Média.


Principais obras: O Bobo (1843), Eurico, o presbítero (1844),Cartas sobre a História de Portugal (1842),Lendas e narrativas (1851),História de Portugal (1º vol.) (1846),(2º vol.) (1847),O monge de Cister (1848).


Observe no trecho da obra Eurico, o presbítero, a seguir, características dessa geração:


Desde essa época, a distinção das duas raças, a conquistadora ou goda e a romana ou conquistada, quase desaparecera, e os homens do norte haviam se confundido juridicamente com os do meio dia em uma só nação, para cuja grandeza contribuíra aquela com as virtudes ásperas da Germânia, esta com as tradições da cultura e polícia romanas. As leis dos césares, pelas quais se regiam os vencidos, misturaram se com as singelas e rudes instituições visigóticas, e já um código único, escrito na língua latina, regulava os direitos e deveres comuns quando o arianismo, que os godos tinham abraçado abraçando o evangelho, se declarou vencido pelo catolicismo, a que pertencia a raça romana. Esta conversão dos vencedores à crença dos subjugados foi o complemento da fusão social dos dois povos. A civilização, porém, que suavizou a rudeza dos bárbaros era uma civilização velha e corrupta. Por alguns bens que produziu para aqueles homens primitivos, trouxe lhes o pior dos males, a perversão moral. A monarquia visigótica procurou imitar o luxo do império que morrera e que ela substituíra. Toletum quis ser a imagem de Roma ou de Constantinopla. Esta causa principal, ajudada por muitas outras, nascidas em grande parte da mesma origem, gerou a dissolução política por via da dissolução moral. 





Antônio Feliciano de Castilho


Antônio Feliciano de Castilho (1800-1875), nasceu em Lisboa. Devido ao sarampo, ficou cego com seis anos,

Obras Principais: Cartas de Eco e Narciso (1821); A Primavera (1822); Amor e Melancolia (1828); A Chave do Enigma; A Noite do Castelo (1836); Os Ciúmes do Bardo (1836); Crónica Certa e muito Verdadeira de Maria da Fonte (1846); Felicidade pela Agricultura (1849); Escavações Poéticas (1844); Presbitério da Montanha; Quadros da História de Portugal (1838); O Outono (1863).


"Dentro de mim uma corrente de nomes e evocações fluindo desde as minhas origens, como o Rio das Velhas no seu leito de pedras, entre cidades imemoriais... Prefiro estancá-la no tempo, a exaurir-me em impressões arrancadas aos pedaços e que aos poucos descobririam o que resta de precioso em mim - o mistério de minha terra, desafiando-me como a esfinge com seu enigma: decifra-me ou devoro-te.

Prefiro ser devorado."



Os trechos da postagem foram extraídos do livro ¨viva português-volume 2¨, editora ática; "A Chave do Enigma", Editora Record - Rio de Janeiro, 1999 e ¨Eurico, o presbítero¨, editora Martin claret - São Paulo, 2002.

Romantismo em Portugal

  


Garrett, Herculano e Castilho introduziram em Portugal a corrente que iria derrubar os últimos baluartes do absolutismo real e instalar a plena dominação burguesa, muitas vezes de natureza contraditória. Em Portugal, observa-se, a permanência de valores neoclássicos, ou seja, valores clássicos que imitam o equilíbrio e o racionalismo dos antigos gregos e latinos.

Algumas características da literatura romântica:
 
·         Os autores românticos procuravam a emoção, fantasia e a intuição, abandonando a tradição clássica do equilíbrio;


·         A pátria, como extensão do indivíduo, também passou a ser valorizada;

·         Desejo de fuga da realidade, pois os autores românticos viviam em um mundo onde a razão, a ascensão social, a posse de bens materiais está acima dos sentimentos;

·         Devido a realidade se insatisfatória, os românticos mostravam-na idealizada: a pátria, a mulher, a infância;

·        
Culto ao próprio sentimento, os autores refugiavam-se em seu mundo interior;

·         O amor de donzelas inatingíveis, o sofrimento de uma decepção amorosa, a saudade da infância e a pátria são tratados com exagero;

·        
O desejo de valores morais e espirituais em uma sociedade voltada para bens materiais e enriquecimento.

O movimento romântico português durou quatro décadas e teve três períodos diferentes – cada um com uma geração particular de autores.


Os trechos da postagem foram extraídos do livro ¨viva português-volume 2¨, editora ática.

segunda-feira, 17 de março de 2014

Romantismo Introdução


O Romantismo foi um importante movimento político, artístico e filosófico que teve início na Europa no final do século XVIII e se estendeu até grande parte do século XIX, influenciando também as artes e o pensamento em outras partes do mundo.
 
 
O Romantismo foi marcado por dois acontecimentos históricos importantes: as Revoluções Industrial e Francesa que tinha o ideal de liberdade, igualdade e fraternidade. A vida social estava dividida entre a burguesia industrial e o surgimento da classe operária, os proletariados.


 
Com a ascensão da burguesia ao poder na França, surge à necessidade de se firmar e expressar os sentimentos da forma mais plena possível, levando em consideração o contexto social e o perfil do público que se formava. Com isso, em meados de 1789, esta burguesia capitalista consolidou um padrão artístico próprio, em oposição aos padrões da aristocracia que antes vigoravam. Surgia assim o Romantismo.
 

Na literatura, a fase romântica rompeu com a tradição clássica, imposta pelo período árcade, e apresentou novas concepções literárias, dentre as quais podemos apontar: a observação das condições do estado de alma, das emoções, da liberdade, desabafos sentimentais, valorização do índio, a manifestação do poder de Deus através da natureza acolhedora ao homem, a temática voltada para o amor, para a saudade, o subjetivismo.